sexta-feira, março 17, 2017

UMA FANTÁSTICA VIAGEM NO TEMPO

A Mulher do Viajante no Tempo: CRÉDITOS COMPLETOS

"The Time Traveler's Wife" é considerado um dos livros fundamentais da ficção cientifica do século 21 e este filme é um romance brilhante, baseado num livro brilhante, interpretado por atores brilhantes. É um daqueles filmes que é obrigatório que tivesse sido feito, apesar da história das viagens no tempo estar repleta de outras obras igualmente brilhantes.


Se o filme e o livro são realmente de ficção cientifica, não é discussão que nos interesse para aqui; e se o filme é melhor ou pior que o livro, muito menos. "The Time Traveler's Wife" é uma hora e meia do melhor cinema que se pode assistir, sejamos ou não amantes de histórias de antecipação ou de histórias de amor. Podem-se queixar de algumas partes interessantes do livro não estarem aqui - como a desastrosa relação de Claire com Gomez (Ron Livingston) e a influência que isso tem em Henry (Eric Bana) -, mas o filme não é o livro. Aceitem-no.


Rachel McAdams (Claire) e Eric Bana são fantásticos um com o outro e com os personagens que interpretam e o resto do elenco só pode não parecer tão fantástico, por causa dos dois atores principais. Além disso, o argumentista Bruce Joel Rubin - lembram-se de "Ghost"?... - pega num best seller e não inventa, tentando seguir o mais possível à risca o que já tinha sido bem feito, limando aqui e ali, deitando fora quando desnecessário para o filme.


O filme não procura responder a todas as questões, pelo que tem inúmeras incongruências e lacunas lógicas, mas afinal, quem é que quer que um romance seja a perfeição das vicissitudes da vida? Para isso, basta a vida ela própria, que parece ter de encaixar como um puzzle. "The Time Traveler's Wife" é uma fantasia e nas fantasias tudo é possível, como aparecer nu em qualquer lado e haver sempre cobertores por perto, ou uma loja de roupa, para poder ser assaltada.


Quem gostar de romances, tem um enorme filme sobre a premissa de "nunca deixar nada por dizer"; quem gostar de ficção científica, também tem um enorme filme sobre o drama de poder e querer, ou não, saber o futuro. Em ambos os casos, ninguém deve deixar esta obre para trás. Se já tiverem lido o livro, aceitem sem pestanejar o que a película tem para oferecer da fonte de inspiração original; se não tiverem lido o livro, corram à livraria mais próxima e não o percam, antes ou depois de irem ao cinema. Tanto faz!

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