A 5ª Vaga: CRÉDITOS COMPLETOS |
Eu adoro catástrofes, fins do mundo, aliens devoradores e toda a espécie de ameaças que a humanidade teme. Adoro viver a exterminação da espécie "homem" da face do planeta e a sala de cinema é o melhor lugar do mundo para o fazer, agarrado a um pacote de pipocas como se fosse o último salva vidas, qual astronauta Ripley na sua última nave salvadora em "o oitavo passageiro".
Foi essa a razão principal porque peguei neste "The 5th Wave"; foi isso e o facto de me ter apaixonado por Chloë Grace Moretz em "Se Eu Ficar", de que já falei aqui. Talvez por isso, a desilusão com esta produção seja maior. Embrulhado num ataque extraterrestre, vem um medíocre romance adolescente, tão mediocre que ao fim de 20 minutos - minimamente interessantes, mas não elevem muito as expectativas - mais parece que estamos a folhear uma daquelas revistas para adolescentes e, ao mesmo tempo, a furar o cérebro com uma chave de fendas.
Li algures que "The 5th Wave" é como um remake de "Twilight", só que trocando os vampiros e os lobisomens por aliens. Não é verdade. A saga de Bella e Edward - com todos os defeitos que possui, e conforme os episódios vão avançando, tem cada vez mais defeitos que qualidades, todos sabemos -, a saga, dizia eu, criou uma moda, (re)inventou o velho, fazendo-o parecer novo. Este filme, pelo contrário, é uma lixeira de plástico onde vagueia uma equipa de Hollywood, que não tem nada pior onde ocupar os dias.
Cassie (Chloë Grace Moretz) tenta sobreviver num mundo ameaçado por uma raça extraterrestre a que chamam "Os Outros" - como???!!! -, enquanto procura o seu irmão mais novo no meio do caos em que se transformou a vida no planeta. Pelo caminho, encontra um jovem atraente e simpático, em quem não sabe se pode confiar. Para os amantes do Apocalipse, durante cerca de 20 ou 30 minutos ainda há esperança. Mas depressa ela se perde num mar de vulgaridades, quer enquanto romance adolescente, quer enquanto ficção cientifica - se é que a definição se pode aplicar aqui.
O filme tem alguns efeitos especiais interessantes - o que é um lugar comum no cinema acerca do fim do mundo -, tem tiros e explosões, correrias e tudo o que pode servir para entusiasmar o espetador. Mas nada consegue salvar a história, a interpretação, a realização, a edição... Enfim, se alguma coisa pode ser salva aqui, são as pessoas que devem fugir do cinema tão depressa quanto puderem. E quem vos avisa, vosso amigo é!
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