Mas como não são totalmente parvos, decidiram também meter o Bloco de Esquerda a servir de "4º árbitro", que é aquele gajo lá atrás da baliza, mas que na realidade não serve para nada.
Das duas, uma: ou a coligação PSD/CDS se entende com o PS - coisa que não me parece muito difícil, já que todos eles estão desejosos de ser importantes e irão, certamente, encontrar uma plataforma de entendimento que permita a todos chuchar -, ou o PS decide que tem mais de fazer à vida do que dar uma voltinha pela direita e decide derrubar o governo, provocando outras eleições - que se sujeita a perder por margem mais significativa, que o pessoal já não anda para aturar birrinhas do Costa.
Em todos os casos, vai tudo resumir-se à quantidade de restos que a coligação PSD/CDS vai decidir dar ao PS. É verdade que os socialistas teem a mania que são grandes e vão começar por exigir muito, mas com calma, vai bastar uma colherinha de rapar o tacho - ou aquele instrumento de borracha que a minha avó usava... Salazar, não era!...
Quanto ao "povo" propriamente dito, de 9 milhões e meio de inscritos, 4 milhões decidiram que o melhor era mesmo ficar em casa e dos outros, quase 200 mil decidiram que as propostas impressas no boletim eram desinteressantes. Resumindo: os que realmente votaram nos partidos, foram pouco ou nada mais que os primeiros, os que não levantaram o rabo do sofá!