Em "Os Condenados de Shawshank", juntam-se uma coleção de pequenas coisa que, todas juntas, fazem um dos melhores filmes de todos os tempos. Não conheço o conto original de Stephen King, mas se colarmos este argumento e a realização de Frank Darabont, com as interpretações esmagadoras de Tim Robbins e Morgan Freeeman, não há como largar os olhos do ecrã durante estas duas horas.
Um filme tem de ser uma sucessão de coisas que devem funcionar juntas e fazer sentido no fim, embora na realidade, sejam quase coisas independentes que se colam: realização, interpretação, produção, edição... Tudo tem de ter um propósito no objeto final.
O que acontece em "Os Condenados de Shawshank", é que se atingiu um nível de perfeição, que dificilmente poderá ser superado. Isto porque nada está a mais ou a menos neste filme. Atrás da realização de Darabont a das interpretações de Robbins e Freeman, vêm Bob Gunton ou Clancy Brown, vem a música de Thomas Newman ou a direção artística de Peter Landsdown Smith.
Este filme não tem aquilo a que geralmente se chama "acção". Não tem efeitos especiais, não tem perseguições de automóveis nem aventuras mirabolantes. Trata-se (apenas) de um grupo de homens, fachados numa prisão e da forma como se afetam uns aos outros e de como o seu quotidiano se desenrola.