quarta-feira, maio 04, 2016

O MELHOR DE DOIS MUNDOS


Juntar a ficção cientifica com o policial é o melhor de dois mundos. O problema de "Synchronicity" é que acaba por não ser nem uma coisa nem outra.


A ver se nos entendemos: o filme é ligeirinho, rola sem aborrecer e é um bom entretimento para uma tarde domingo. Mas quando acabar, sai tudo do cinema para a cervejaria beber umas imperiais e não sobra nada. Fica uma espécie de vazio, tipico do cinema que não aquece nem arrefece.


Os argumentistas Jacob Gentry (também realizador) e Alex Orr tentam bater à porta da ficção cientifica, tentam bater à porta do policial, tentam bater à porta da teoria da conspiração. Tentam entrar em tantas casas, que depois perdem-se e não saiem do corredor sem escolher nenhuma.


Nem sequer falta a meteriosa mulher fatal, só que Brianne Davis não é Lauren Bacall nem Chad McKnight é Humphrey Bogart. E muito menos "Synchronicity" é "The Big Sleep" ou "Blade Runner" (apesar da tentativa, através das sombras e de toda a atmosfera cinzenta).

Agora que o calor aperta, talvez a praia seja melhor opção. A não ser que sejam cinéfilos absolutamente viciados e não consigam deixar de lado filme nenhum. Um bom mergulho é tempo mais bem passado, mas cada um sabe de si!