domingo, março 13, 2016

ADEUS PANEM



Com "The Hunger Games: Mockingjay, part 2", chega ao fim a saga de Jennifer Lawrence no papel da bela Katniss Everdeen, rapariga que vai de inocente defensora da irmã, a líder duma revolução planetária. Por amor de dois homens, entrega-se à mais nobre das causas humanitárias: libertar o mundo dos ditadores, aqui personificados por um arrogante Donald Sutherland e por uma mentirosa Julianne Moore.



Deixem-me já esclarecer que nunca li a obra original,  por isso não faço a mais pequena ideia de como começa, se desenvolve e termina a trilogia literária de Suzanne Collins. Isso pode deixar-me mais liberdade para apreciar os filmes tal como são, sem outro sentido critico que não seja cinéfilo.

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E uma coisa que posso desde já adiantar, agora que a saga chegou ao fim, é que, ao contrário de outras sequelas cinematográficas, o realizador Francis Lawrence conseguir sempre subir a fasquia de episódio para episódio, tornando o conjunto das histórias apelativo no seu conjunto, sem descurar o sentido individual de cada parte.


Katniss Everdeen (Jeniffer Lawrence) é a figura da história e é a figura central de cada uma das quatro partes. Mas a verdade é que o filme gira à volta de uma serie de outras personagens interessantes, que não ofuscam a heroína principal, mas desempenham parte fundamental no seu desempenho.


Tudo acaba bem como convém. Os bons ganham e os maus perdem; o mundo encontra a sua harmonia, ganha o amor e o altruísmo. Tudo isto, não sem antes haver sofrimento e perca, como deve ser para valorizar a glória de qualquer herói. Pessoalmente, sempre achei o Gale Hawthorne (Liam Hemsworth) um homem bem mais interessante que Peeta Mellark (Josh Hutcherson), mas isso sou eu, que de homens não percebo nada.

sexta-feira, março 04, 2016

O REGRESSO DO VINGADOR



 Confesso que estive muito tempo sem acordar para este quarto episódio "Mad Max: The Fury Road". Andou por ali na prateleira, aos trambolhões de um lado para outro, preterido sempre por algum outro título. Confesso também que o súbito interesse da Academia, atribuindo-lhe 6 Óscars, um deles referente à montagem, influenciou-me a pegar nele.


É óbvio que o vingador Mel Gibson já não tem idade para andar metido nestas aventuras pós-apocalípticas, mas temos de reconhecer que Tom Hardy desempenha esse papel na perfeição. Mas também temos de reconhecer, que esta história não acrescenta nada às anteriores, como, aliás, já acontecia ao terceiro episódio da trilogia inicial, que serviu apenas para contabilizar o sucesso de Tina Turner na época.


Este "Fury Road" é exatamente aquilo que  se espera de um Mad Max do século XXI: speed até mais não, sem um minuto de sossego, explosões, tiros, velocidade. Pouca conversa e tiro neles! Mas, sejamos claros, isso é precisamente o que Mad Max sempre foi, sem tirar nem pôr!


O que este filme tem é uma cuidadosa produção e um fantástico rigor na elaboração das sequências mais difíceis. E a verdade é que tem muitas, muitas mesmo, de tal maneira que quando acaba mal nos lembramos das cenas em que não houve tiros, velocidade e explosões. As duas horas são passadas no limite, com o conta-rotações sempre no red line ou muito perto disso.


Sejamos claros: o argumentista teve muito pouco trabalho a escrever diálogos, mas a equipe de efeitos especiais não deve ter tido um minuto de descanso. É um filme para se ver "na desportiva" e, nesse contexto, não me lembro de melhor filme em 2015.


Colorido, agitado, sem momentos mortos, "Mad Max: The Fury Road" vale a pena, por todas as razões e mais algumas que se queiram inventar. Não vai haver uma tarde ou um inicio de noite mais bem passado, que a ver este filme.