quarta-feira, abril 06, 2005

CINEMA, MUITO CINEMA!

Este mês não levantamos o cu da cadeira do cinema! Vejam só a programação da Cinemateca Portuguesa, numa escolha baseada, apenas, em critérios de gosto pessoal:

Corrupção, de Fritz Lang;
A Ponte do Rio Kwai, de David Lean;
Uma Voz na Escuridão, de Blake Edwards;
Mentira, de Alfred Hitchcock;
Os Mutantes, de Teresa Villaverde;
Dina e Django, de Solveig Nordlund;
Assalto à 13ª Escquadra, de John Carpenter;
O Cowboy da meia-Noite, de John Schlesinger;
Easy Rider, de Dennis Hopper;
Dementia 13, de Francis Ford Coppola;
Targets, de Peter Bogdanovich;
Bonnie and Clyde, de Arthur Penn;
Uma Mulher da Rua, de Martin Scorsese;
Os Marginais, de Francis Ford Coppola;
Nouvelle Vague, de Jean-Luc Godard;
Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick;

...Mas para o pessoal dos “clássicos”, que gosta de ir ao “museu”, ainda temos mais:

Até à Eternidade, de Fred Zinnemann;
Desejo Humano, de Fritz Lang;
Bom-dia Tristeza, de Otto Preminger;
A Fera Humana, de Jean Renoir;
A Pantera, de Jacques Tourner;
O Cerco, de António da Cunha Teles;
Ala-Arriba, de Leitão de Barros;
Rio Lobo, de Howard Hawks;
Os Cavaleiros do Asfalto, de Martin Scorsese;
O Vale do Arco-Iris, de Francis Ford Coppola;
O Touro Enraivecido, de Martin Scorsese;

Enfim... Um mês que mais vale levar a tenda para a porta da Barata Salgueiro. Até porque a Cinemateca tem um belo jardim com esplanada, pode ser que o amigo Bernard da Costa não se importe...

(Beijos e abraços pr’ó pessoal)

sexta-feira, abril 01, 2005

DOMÓNIOS INTERIORES

Sentei à minha mesa
Os meus demónios interiores
Falei-lhes com franqueza
Dos meus piores temores

Tratei-os com carinho
Pus jarras e flores
Abri o melhor vinho
Trousse amêndoas e licores.

Chamei-os pelo nome
Quebrei a etiqueta
Matei-lhes a sede e a fome
Dei-lhes cabo da dieta

Conheci cada um
Pus de lado toda a farsa
Abri a minha alma
Como se fosse um comparsa.

E no fim já bem bebidos
Demos abraços fraternos
E de copos bem erguidos
Brindámos aos infernos.

Saíram de mansinho
Aos primeiros alvores
Fizeram-se ao caminho
Sem mágoas nem rancores

- Adeus foi um prazer –
Disseram a cantar
- Mantêm a mesa posta
Porque havemos de voltar.

(Jorge Palma, in “Norte”)