Juntos À Força: CRÉDITOS COMPLETOS |
A ideia central de "#Stuck" (vá-se lá saber o porque do hashtag!...) não é particularmente original: uma noite de copos e sexo ocasional que acaba em romance sério, mas a ideia particular deste filme é interessante; Madeline Zima (Holly) e Joel David Moore (Guy) nem vão particularmente mal; então, porque é que há qualquer coisa que falha no conjunto?
O realizador e argumentista Stuart Archer tenta desesperadamente parecer original, onde lhe bastava apenas seguir o instinto, onde lhe bastava simplificar em vez de complicar. "#Stuck" não é totalmente desinteressante, mas o uso constante de flash-backs para contar a história do dia anterior, alguns deles totalmente ridículos e desadequados, quebra o ritmo e distrai o espectador.
Como comédia é inteligente, mas o pretenciosismo com que o exibe acaba por estragar a simplicidade com que devia ser apresentada. Zima e Moore têm empatia, a maioria dos diálogos são bem conseguidos, a ideia geral é apelativa. Mas Stuart Archer que acaba por desconjuntar o puzzle, fazendo o que não lhe é pedido: distrai a plateia com o secundário.
"#Stuck" não é uma total perca de tempo, apesar de ser o espectador que se vai sentir preso no filme, mais que Holly e Guy se sentem presos no trânsito. O filme é curto e devia ser directo, mas o pouco tempo parece estender-se mais que o necessário, como uma fila de trânsito, daquelas que tendem a aparecer precisamente quando temos mais pressa.
Já aqui falámos de várias comédias românticas, algumas delas tão fáceis que surpreenderam por isso mesmo. Este filme tem na mão todas as possibilidades, uma ideia interessante e actores devidamente competentes. Mas depois esbanja-as em qualquer coisa que não encaixa completamente, como se lhe faltasse uma peça, como se ficasse a meio do caminho, preso no trânsito que não vai a lado nenhum.
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