Acabei de ler O Código Da Vinci!
...Se ficaram com algum interesse em saber a minha opinião sobre o Equador (ver post de 3/9/2004), adorei, adorei, adorei!... Escrita fluida, divertida, despretensiosa q.b., uma mistura muito interessante de ficção e investigação histórica. Tirando algumas descrições com pretensões queirosianas, não muitas mas ainda assim significativas, o livro lê-se de um fôlego.
Mas voltando ao Código Da Vinci:
Mais uma vez fiquei a olhar p’rás prateleiras e, mais uma vez, nada p’ra ler. Por isso, lá vai o bom do Valdemar de novo para as livrarias de Torres Vedras.
Há uma coisa que não percebo: O Equador é de um autor português e custou 25€; O Código Da Vinci é de um autor estrangeiro e custou 16€. São os dois do mesmo tamanho, com o mesmo tipo de papel...??? Enfim... Política de divulgação de autores portugueses!... ‘Engenheros’!...
O John Le Carré elevou os livros de espionagem ao estatuto de literatura, como a Agatha Christie fez com os livros policiais, o Hugo Pratt com a banda desenhada. Mas o Le Carré tinha uma vantagem: Havia Russos de um lado e Americanos de outro; Havia histórias de espiões a saltar de todo o lado. Mas agora!...
Não me lembro de, naquele tempo, alguém confundir ficção com realidade, por muito perfeitas quer fossem as descrições de locais, ou prédios, ou pessoas, ou instituições...
Então, porqu’é que, agora, confundem um livro de espionagem com realidade, só porque, em vez de Russos tem o Vaticano e, em vez de americanos, tem a Opus Dei???!!!... Aquela porra é ficção, caraças!!!... Por muitos conhecimentos que o Dan Brown tenha de História da Arte, por muito perfeitas que sejam as descrições de museus e pinturas, mesmo que existam alguns dos documentos descritos no livro, aquela merda é ficção!!!...
Mesmo que o Vaticano decida desatar a assassinar pessoas – o que já fez durante as Cruzadas ou a Inquisição, portanto nem é novidade - para proteger o segredo do Santo Graal, duvido muito que o Dan Brown tenha acesso a essa informação;
Mesmo que a Opus Dei decida seguir o Vaticano, para ver quem chega primeiro ao Graal, duvido muito que o Dan Brown o saiba!
Uma boa teoria da conspiração sempre vendeu filmes e livros. Há gajos muita bons a inventá-las, o que é o caso do Código Da Vinci.
Gostei muito. É divertidíssimo: Um livro tipo “tiro neles”, com perseguições de automóveis, pistas escondidas em obras de arte, suspense... Enfim, tudo o que vende bilhetes, bem escrito, rápido e a inevitável surpresa final.
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