Esta seleção de filmes não tem nada a ver com a opinião generalizada de técnicos ou críticos. Baseia-se exclusividade no meu gosto pessoal e nela vão constar enormes êxitos de bilheteira, lado a lado com enormes falhanços comerciais.
Chamada Para a Morte (1954) |
Na estreia, "Dial M for Murder" foi apresentado em 3D (?). Hitchcock tentava aderir às novas tecnologias e embrenhava-se a brincar com a profundidade.
É um dos filmes em que a palavra "suspense" é levada às últimas consequências.
Janela Indiscreta (1954) |
Adoro espreitar - e, vendo bem, quem não adora? Se se for guiado por Hitchcock, melhor! Talvez seja por isso que "Rear Window" teve tanto sucesso.
E depois, tem a melhor Grace Kelly e o melhor James Stewart, dirigidos pelo que Hitchcock sabe fazer de melhor: brincar com o espetador.
O Terceiro Tiro (1955) |
"The Trouble With Harry" é o meu Hitchcock favorito, por muito que me acenem com outros argumentos.
Aqui Hitchcock leva ao extremo o seu humor corrosivo - daquele que não desperta gargalhadas, mas faz sorrir com gosto -, a sua noção de suspense e de imprevisibilidade. Pode não ser o Hitchcock mais famoso, mas tem o Hitchcock todo!
Psico (1960) |
"Psycho" é o Hitchcock mais citado, aquele que faz as pessoas correrem para as salas de cinema.
Foi talvez o seu maior êxito comercial - ou próximo disso - e ajuda os mais novos a perceber porque é que todos os filmes de terror, teem uma uma miúda retalhada num chuveiro.
Os Pássaros (1963) |
"The Birds" é uma surpresa para as gerações mais novas - às vezes no bom, outras no mau sentido.
Sem a Electric Light and Sound ali ao lado, os meios técnicos para a criação de efeitos especiais era muito limitada e tinham que ser produzidos "na hora" e de forma artesanal. Os mais preconceituosos acham-no "primário", os mais inteligentes surpreendem-se e divertem-se com a infantilidade.
Perigo na Noite (1973) |
"Frenzy" é o regresso a casa do americano. Hitchcock volta a Inglaterra para aterrorizar Londres. O longo, lento e horrível estrangulamento de Brenda, ficou para a história do cinema.
É o único filme do realizador que tem nudez explicita. Corpos de mulheres nuas aparecem por todos os cantos da cidade, a boiar no Tamisa e perdidos em pensões de má fama.