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O corpo de Mayka Villaverde (Belén Rueda), uma poderosa mulher de negócios, desaparece da morgue. O inspector Jaime Peña (Jose Coronado) e a sua equipa policial tentam perceber o como e o porquê do mistério: vingança contra a família? Tráfico de órgãos? Rituais satânicos?... E a partir daqui, o realizador Oriol Paulo dirige um filme de poucos recursos mas de muito esplendor.
Inteligente, bem interpretado, com uma cuidada produção, "El Cuerpo" agrada a todos os tipos de plateias que se interessem por mistérios policiais: haverá os que seguirão as pistas, tentando adivinhar a solução; haverá os que apenas se deixam ir na história sem preocupações. Ambos se irão divertir. Repleto de reviravoltas emocionantes - das quais a última é apenas a cereja no topo do bolo -, o filme é um belo passeio, às vezes em velocidade de cruzeiro, às vezes a alta rotação.
"El Cuerpo" é um daqueles thrillers que envolve o espectador do principio ao fim, envolvendo a sala numa maravilhosa tensão emocional, servido por um elenco muito competente, dirigido com mão de mestre e alimentado a diálogos bem escritos. Não deixando de ser um "série B", é acima de tudo um elogio à produção europeia de cinema de alta qualidade.
Não dispondo dos recursos hollywoodescos - que, em muitos casos, servem para vulgaridades medíocres -, "El Cuerpo" é um daqueles casos raros em que estamos perante uma obra interessante, que vão levar o espectador a sentir-se agradecido por ter entrado no cinema e naquela sala em particular. Mexe com a mente e satisfaz o corpo. Hurra!
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